Aviso: esta crónica contem glúten, vestígios de Eládio Clímaco, José Castelo Branco, Gus Van Saint, Eduardo Beauté, Pedro Guerra e Roberto Leal

A violência doméstica é um tema que me incomoda. Não pensem que não!
Não gosto nada de saber que pode haver por aí homens que apanham de mulheres.
Acho contra-natura e até hediondo.
(trilha de fundo com a voz do Eládio Clímaco num doc. Nat. Geo.)
Desculpem, deixem-me baixar o som do televisor, estava aqui a ver no porn hub um documentário antigo do Castelo Branco em modo partouze a acasalar com mais 10 (pausa), vá lá, pessoas em Famalicão. É para um doutoramento que estou a fazer sobre as causas do aquecimento global e o degelo polar e as consequências que isso tem na vida sexual dos babuínos que vivem no hemisfério sul. É assim uma coisa na linha de uma verdade inconveniente do Gore, só que, neste caso, é mesmo inconveniente, e mesmo verdade, com guião do Michael Moore e realizado pelo Gus Van Saint.
Não sei se estão a apanhar a ideia.
Voltando ao início, o corpo do homem não foi feito para apanhar, mesmo quando é o Eduardo Beauté a levar uns açoites. Apesar de, neste caso, nunca sabermos se é o homem ou a mulher a "apanhar". Nestas situações, prefiro sempre dar o benefício da dúvida e deixar apanhar à vontade. (Pausa) 
Já está toda a gente por aí? Desculpem, é que eu vou sempre adiantando o assunto que é para não prejudicar os dois que chegam a horas. Mas se já estão aí os três, vamos mas é começar.
Então, o assunto é que o Benfica criou um gabinete de crise para monitorizar tudo aquilo que se diz e escreve sobre (pausa), lá está, o Benfica. Só esta última frase já gerou automaticamente dois alertas no quartel-general encarnado e outros tantos ataques de seborreia informática no lap top do Pedro Guerra. Vamos lá ver se eu consigo apanhar o fio à meada, o que não é fácil porque eu há bocadinho só tirei o som à tv: um funcionário judicial ultra benfiquista, ou como diziam os americanos durante a guerra fria, um «vermelho», de Fafe, ou, como dizem os americanos, "feife", entrou no sistema informático da justiça ("Citius", que é como se diz "já foste" em língua morta) com as credenciais usurpadas de uma procuradora do ministério público, que trabalha em Lisboa, para sacar informações sobre o estado das investigações do chamado caso dos emails e passá-las ao diretor jurídico do Benfica. Tudo isto «alegadamente», que é como em português se diz «a mim não me enganas tu!». Sobre o futebol português isto não acrescenta muito ao que já se sabia desde os tempos do guarda Abel, das paulas nos estágios da seleção e do preço da fruta exótica no Porto, agora, dá-nos, não umas luzes, mas, um estádio da luz cheio sobre o funcionamento da justiça em Portugal.
Esta investigação não devia chamar-se e-toupeira mas sim e-mexilhão, que é quem sempre se lixa no fim. Que o diga o funcionário do tribunal de Fafe que é a única personagem desta história que ficou detida não vá o diabo tecê-las, que é como se diz em português «preventivamente».
Que Roberto Leal nos acuda!
Amém!

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