Até amanhã, se Deus Kelly, porque se Deus não Kelly...

Domingo ordinário sem conselho de ministros extraordinário não é domingo, está visto. Não fiz as contas, nem o governo e ainda bem, mas já deve haver nesta legislatura mais conselhos de ministros extraordinários que ordinários. Um português atento à realidade política nos dias que correm assemelha-se muito a um doente psiquiátrico que ouve vozes... Aliás, fim-de-semana sem mise-en-scène de Passos Coelho e Paulo Portas, não é fim-de-semana... Uma espécie de Equipa A e Equipa B... Ao domingo vale tudo para o Manzarra e para Paulo Portas, já sabemos, que segundo a maior parte dos analistas ficou muito mal do ponto de vista político depois de aceitar mais uma taxa sobre as pensões... E como é que fica Portas do ponto de vista do "pu** que pariu, é pró bojão, mai nada" depois de faz hoje oito dias se ter dirigido ao país, dizendo "nos velhinhos não se bate que eu não deixo" para hoje, uma semana volvida, dizer "nos velhinhos bate-se excepcionalmente e durante um período de tempo curto"? Hum? Pergunto? E do ponto de vista do "foooo**-seee", como é que fica Paulo Portas? Depois disto, como é que Portas volta a entrar num lar de idosos? Numa feira? Num mercado? Sem levar uma bengalada? Mas esta gente não tem mais nada para fazer ao domingo? Isto não é gente de ir à missa? Segundo a maior parte dos analistas, o conselho de ministros extraordinário de hoje foi super rápido e durou pouco mais do que um par de horas... As más línguas "A" dizem que o governo não se ensaia nada quando toca a "malhar" nos portugueses. As Más línguas "B" dizem que Portas estava com pressa para ir acender velas para Fátima. Pela minha parte, estou como o professor Marcelo que diz que o Big Brother do governo põe o Big Brother da TVI a um canto. Só ainda não descobri quem é a bunda à solta no conselho de ministros. Até amanhã, se Deus Kelly, porque se Deus não Kelly...

Crónica humorística