O mundo como vontade e representação

Olá bom dia, sobretudo para quem ler esta crónica logo pela manhãzinha, como substituto do café com leite e um croissant, por causa da linha. Hoje acordei e pensei que isto é que foi uma semana em cheio! Para acabar em beleza, longe de mim sugerir que dêem uma papa qualquer a Vale e Azevedo, sabendo-se que ele é intolerante ao glúten, agora, erros acontecem. Na mesma semana em que vieram a Portugal Angela Merkel, Vale e Azevedo e uma equipa de futebol onze de técnicos da troika eu sinto-me um bocadinho inseguro e sempre a olhar por cima do ombro. Sobre Vale e Azevedo já tudo se disse e já se fizeram todas as piadas possíveis e imaginárias. Eu só queria dizer mais uma e encerrava-se o assunto para sempre: Vale e Azevedo entregou-se esta semana à justiça portuguesa! Hi,hi! Já está! Perceberam?!... "Justiça por...tu..."?! (Pausa) Hilariante... (Pausa) Ok, adiante. A justiça é quando um homem quer, Vale e Azevedo quis, o sonho nasce, a justiça acontece. Vamos agora falar do que interessa: o meu problema de ossos. É que estou cheio de humidades no fémur da minha mulher e não consigo andar com as pernas dela. Esta questão, para além de levantar questões físicas, levanta também questões de ordem filosófica, como a questão da identidade, do eu face ao outro, da alteridade absoluta, enfim, questões que não se resolvem com uma ida ao fisioterapeuta ou apresentando o cartão de cidadão. Ainda agora me deu uma guinada no trocânter da minha mulher e estremeci todo! Eu até ia ao médico ver isto, mas chegar lá com a ossatura dos membros inferiores da minha mulher e dizer que me dói é capaz de colocar problemas e levantar questões, e nem eu nem a minha mulher gostamos de levantar ondas. É assim, eu já estou habituado à reacção hóstil das pessoas sempre que levanto alguma questão. Eu sei que as minhas questões são difíceis e que mexem com as pessoas. Sempre fui assim... Uma vez, numa aula de filosofia, depois de insistentemente perguntar ao professor " - Quem sou eu?", ele irritou-se, veio na minha direcção, arrancou-me o BI da carteira à força e, apontando para a fotografia, disse: " - Tu és este cabrão sorridente que aqui está!". Eu não fiquei convencido, que nestas coisas sou muito cartesiano, e pedi para abandonar a sala. O pior que se pode ter é um professor de filosofia com alma de funcionário do registo civil. Além disso nesse dia estava com uma crise de disfunção eréctil daquelas, e acabei por ir mais cedo para casa, porque estas crises só me começam a passar com a leitura dos primeiras quatrocentas páginas do Mundo como Vontade e Representação", no original alemão, e só a partir aí da página quinhentos e dois, quinhentos e três é que posso voltar a fazer chichi sentado.
 
 
Crónica humorística sem fins lucrativos

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