Exmo. Senhor presidente da República, dirijo-me a si na sua qualidade de animador sócio-cultural do país para lhe dizer que andamos a precisar de um campeonato da europa para animar, até para ver se o Éder volta aos golos. Se calhar, o plural aqui não se aplica. Gostaria de dizer-lhe que durante a quadra natalícia tive de me deslocar a uma urgência hospitalar por me encontrar engripado. Não correu bem. Para começar, quando cheguei não fui recebido pelo senhor Diretor-Geral de Saúde. Depois, não estava lá o senhor presidente para me abraçar. Enquanto presidente de todos os portugueses tem o dever de abraçá-los a todos. De preferência, em momentos complicados das suas vidas, como nas deslocações às urgências hospitalares. Devo dizer, no entanto, que não faltava lá gente para abraçar, umas 80 pessoas só à minha frente. Tentei abraçar algumas que foram pouco receptivas e nada afectuosas. Saiba o senhor presidente que passo por momentos difíceis. Estou desempregado e, quando não estou,