Zoo
Se você é daquelas pessoas que nunca sabe de que lado é o apêndice, de que lado é o Serginho ou de que lado é o PS, então deixe-se ficar por aí que vamos entender-nos às mil maravilhas! Hoje vamos falar de demografia - que não está do nosso lado - para dizer que, atendendo ao último estudo sobre a evolução demográfica no nosso país, em 2046 haverá menos dois milhões de habitantes em Portugal. Estive a fazer contas e a manter-se o padrão, antes de 2200 o país fecha. Segundo o mesmo estudo, daqui a 30 anos haverá uma proporção de 300 idosos para cada 100 jovens, o que significará, basicamente, que teremos no mesmo T2 em Moscavide bisnetos, netos e filhos a viver à pala da reforma de 200€ dos bisavós! Ou é isto ou é vestir todos os idosos do país de vermelho, enfiar-lhes um barrete azul na cabeça, e levá-los a eito a concertos dos Moonspell na aula magna. Isto, porque eles teimam em não morrer à fome... Se por cada casal jovem com filhos que abandona o país, ou se por cada casal que decida não ter filhos, o primeiro-ministro apanhasse um choque eléctrico, digamos, de média voltagem, hoje tínhamos o Witsel como chefe de governo. Não era pior, e em termos de visão periférica até ficávamos a ganhar. O problema dos estudos demográficos é que ninguém lhes liga nenhuma, por isso eu propunha que o Manzarra e o Goucha se juntassem num domingo à noite para uma comunicação urgente ao país, transmitido em directo e em simultâneo de Carnaxide e Queluz. Enquanto o apresentador do Vale Tudo tentava fazer amor com a Cristina Ferreira no cenário inclinado para manter a atenção das pessoas, Manuel Luís aparecia subitamente no plano vindo do chão, vestido todo em plumas e içado por uma coluna, como se fosse uma bolinha do totoloto, a comunicar ao país as conclusões do último grande estudo acerca da evolução demográfica no país. Com um 602 200 qualquer coisa e 30 000€ de prémio garantido a piscar no fundo do ecrã a letras amarelas para cativar a atenção e poderia ser que alguém acabasse por ouvir as conclusões do estudo e pensasse em atarraxar-se pelo escroto na praça da alegria, isto enquanto o Jorge Gabriel entrevistava o presidente do grupo folclórico de Vila Bajo como se entrevistasse Puttin ou Obama. Se a Alexandra Lencastre desse pontos a alguém pelo meio a casa vinha abaixo e nem sequer era necessário chamar a Sónia Brazão. Agora vou-me embora, porque encravei o piercing do mamilo direito entre o H e o J do teclado e vejo-me à rasca para chegar às letras todas. Deixo-vos com esta ideia que me macera os rins desde que a Sic passou a reportagem "Árbitro de Elite": se o Duarte Gomes fosse o pai dos filhos do Pedro Proença será que davam um Pedro Henriques? Oram viram como ficaram com cara de queridos?! É por isso que eu gosto de vocês, suas fiscalonas de linha com intercomunicadores sensualonas do meu coração de Sousa Martins de manteiga.
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