País exibe sinais exteriores de pobreza para impressionar a troika na véspera das oitava e nona avaliação

O RdE sabe que o governo pretende causar uma boa imagem à equipa da Troika que esta segunda-feira se desloca a Portugal no âmbito da oitava a nova avaliação do Programa de Resgate a que o país está sujeito. Segundo fontes próximas do governo, Passos Coelho deu instruções a Pedro Mota Soares para organizar a maior concentração de sem-abrigo (ou como se diz agora "reformados com pensões de miséria" ou "funcionários públicos na mobilidade") no estádio nacional. Segundo o ministro da Solidariedade e Segurança Social, que entretanto contactamos, "vão ser distribuídas t-shirts verdes, vermelhas e amarelas e o objectivo é fazer a maior bandeira nacional humana com pobrezinhos". Mota Soares acrescentou que "nem na República Centro Africana, cujo modelo de empobrecimento nos inspira, houve alguma vez algo assim, o que nos irá garantir com toda a certeza entrada directa no guiness book of records, com tudo o que isso acarreta de bom para o abaixamento dos juros da dívida pública". Segundo conseguimos apurar, o ministro da educação irá promover, por seu turno, um desfile na 5 de Outubro com professores desempregados: "vai ser o máximo! Contamos com cerca de 30 mil docentes, todos rotos e com um ar deprimido, o que dará uma cor cinzenta e um efeito de espiral recessiva ao desfile, de que a Troika tanto gosta". Crato disse ainda "sonhar com um país em que os professores que sobreviverem ao despedimento colectivo ganhem o equivalente a 200 reais, como no Brasil".

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