Pisa-papéis

Em dia de greve, faço greve e pronto. É pena é o meu intestino grosso levar à letra as posições do "patrão" e desde a meia noite de ontem que não produz qualquer conteúdo digno de se ver. Até ver é uma enguia mosca morta mas se entretanto acordar do seu estado vegetativo e resolver comunicar com o exterior eu cá estarei para dar notícias. Entretanto, Isabel Jonet hoje ainda não fez qualquer declaração ao país sobre coisa nenhuma. Aguardo uma mensagem em dezenas de toneladas ou, em alternativa, declarações a esclarecer o esclarecimento sobre as declarações acerca daquela história de vivermos acima das nossas possibilidades. Eu propunha, de qualquer das formas, que cada português enviasse um mail por dia a Isabel Jonet dando conta dos alimentos que ingeriu... Só para haver um controlo mais rigoroso das cenas. Outra coisa: dei umas voltas pela cidade de Lisboa esta manhã e ainda havia tábuas nas janelas e portas de muitas habitações. Gostaria de informar as pessoas de que já é seguro sairem de suas habitações e despregarem as tábuas à vontade. Como o Natal está a chegar e, com ele, as publicidades a chocolates e as campanhas de solidariedade nas tardes televisivas, onde seremos convidados a ouvir Rosinha a cantar "Abro o forno/E ele mete a pá, tira a pá" e a pensar que isto é que é solidariedade da boa, já podem ir pensando no meu presente. Este ano não queria nada em tigresse, se pudesse ser. Entretanto, como isto do Natal não é só receber, é dar e receber, eu já pensei num presente para Isabel Jonet, desculpem o leitmotif. Neste Natal, o seu presente, eu quero que seja um pisa papéis em forma de saco arroz ou de lata de salsichas.

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