Rajoy acalma os mercados
Décor: estúdio de televisão/mercado municipal
(Durante um jornal televisivo, o pivô noticia a vitória do Partido Popular (PP) nas recentes eleições legislativas espanholas, que tiveram lugar no passado dia 20 de Novembro de 2011.)
(Durante um jornal televisivo, o pivô noticia a vitória do Partido Popular (PP) nas recentes eleições legislativas espanholas, que tiveram lugar no passado dia 20 de Novembro de 2011.)
Pivô – Mariano Rajoy acaba de ser eleito primeiro ministro de Espanha. O candidato do PP promete trabalhar para ultrapassar a grave crise económica que assola o país e os números históricos do desemprego. Para já, Rajoy diz querer, com esta sua eleição, acalmar os mercados e tranquilizar o sector financeiro. O “jornal das oito e quê” tem imagens exclusivas do momento exacto em que Mariano Rajoy procurou acalmar os mercados.
(A cena passa para a entrada do "Mercado de San Miguel, em Madrid, onde o líder do PP, mesmo em frente à porta principal, dirige algumas palavras ao... edifício:)
Mariano Rajoy – (Em castelhano) Calma, calma, es necesario tener mucha calma e tranquilidade. Ahora, yo soy lo primeiro ministro. Por eso, calma, calma, yo pido mucha calma. Tranquilo, tranquilo! (Entra no mercado e vai repetindo os pedidos de calma dirigidos a clientes e a comerciantes no interior do edifício) Calma, tranquilo! Calma, tranquilo!
(Emissão volta ao estúdio)
Pivô – Entretanto, segundo conseguimos apurar, uma das primeiras iniciativas do novo primeiro-ministro espanhol passa por fazer uma espécie de "governo aberto", através do qual irá percorrer todos os mercados de norte a sul do país, deixando esta mesma mensagem de calma aos mercados.
Este é um daqueles textos que perde actualidade à medida que o tempo vai passando. Foi escrito em Novembro último, no dia em que Rajoy venceu as eleições em Espanha. Ainda o Fraga Iribarne era vivo, a EDP era nossa e a família Silva não estava em insolvência. Imaginei imediatamente o Sketch pois em stand-up ou em crónica perderia graça, a não ser, claro, que o stand-up fosse feito pelo Bruno Nogueira e a crónica escrita pelo Ricardo Araújo Pereira. Os únicos humoristas da cena actual que conseguem chegar ao patamar do Herman.
ResponderExcluir